Em Moçambique, o processo de seleção dos Membros de Mesas de Voto (MMV), que anteriormente era feito através de concursos abertos, tem gerado controvérsia após denúncias de que o partido Frelimo agora está nomeando esses membros diretamente, enviando listas ao Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE).
Essa mudança no processo de seleção tem levantado sérias preocupações sobre a transparência e imparcialidade das eleições no país.
O cancelamento de uma sessão de formação de MMV na cidade de Quelimane, apontada como uma resposta às pressões políticas, foi o primeiro reconhecimento público desse novo modelo de nomeações.
A decisão gerou críticas de várias organizações da sociedade civil, que temem que o processo eleitoral esteja sendo manipulado a favor do partido no poder.
No ano passado, o Centro de Integridade Pública (CIP) Eleições divulgou um folheto impresso que listava todos os MMV da cidade da Matola, identificando sua posição dentro da Frelimo. Essa revelação, considerada uma "descarada demonstração de poder" por analistas, demonstrou que o partido não fez qualquer esforço para manter as nomeações em sigilo, o que levanta ainda mais dúvidas sobre a neutralidade do processo eleitoral.
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Joseph Hanlon, analista político e especialista em assuntos moçambicanos, destacou que essa prática, além de comprometer a confiança pública, mina os princípios de democracia e transparência, essenciais em qualquer eleição. Clique aqui para ver mais...
Fonte:Cartaz.com
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