DONO DE CABO DELGADO SE MANIFESTA!

Visita de Filipe Nyusi à França e os Interesses Franceses no Gás de Moçambique

O encontro não incluiu uma conferência de imprensa com o então presidente francês, François Hollande, a fim de evitar temas polêmicos, como os crescentes rumores de corrupção em Moçambique.

 No entanto, a visita incluiu almoços discretos com Emmanuel Macron, então ministro da Economia, e o Patronato francês, com o objetivo de discutir negócios.

Entre 2010 e 2013, Moçambique descobriu enormes reservas de gás na província de Cabo Delgado, no norte do país, o que atraiu o interesse de grandes corporações internacionais, incluindo a francesa Total. 

Estimava-se que o país se tornaria um dos cinco maiores exportadores de gás liquefeito, com investimentos previstos de 60 bilhões de dólares na exploração dessas reservas.

Contudo, a chegada das multinacionais, como a Total, exacerbou tensões sociais, religiosas e políticas na região. Desde 2017, Cabo Delgado tem sido alvo de insurgências violentas, resultando na morte de milhares e no deslocamento de mais de 100 mil pessoas. 

A militarização para proteger as instalações de gás agravou a situação, com alegações de violações dos direitos humanos e deslocamento forçado de comunidades locais.

A França, com interesses estratégicos no canal de Moçambique, desempenha um papel significativo no conflito, fornecendo apoio militar e financeiro às operações de exploração de gás. 

Desde 2013, o envolvimento francês inclui um controverso contrato naval e apoio a corporações transnacionais, como a Total.

 Esse apoio tem sido criticado por intensificar a militarização da região e contribuir para a perpetuação do conflito em Cabo Delgado, ao invés de resolver suas causas profundas.

Atualmente, Moçambique encontra-se dependente das receitas do gás para pagar suas dívidas, enquanto as comunidades locais sofrem com as consequências de um conflito que parece não ter fim.

Veja também sobre :Os primeiros observadores eleitorais da União Europeia (UE) chegaram a Moçambique para monitorar as eleições gerais do país.

A continuidade dos investimentos franceses e o aumento da presença militar na região indicam que a situação pode piorar, a menos que uma solução abrangente seja encontrada para as tensões políticas e sociais na província...Clique aqui para ver mais 

Fonte: Moz na Diáspora 

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