Eleições em Moçambique: Daniel Chapo vence com 70,67%, mas oposição contesta resultados
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique anunciou, na última quinta-feira, a vitória de Daniel Chapo nas eleições presidenciais realizadas no dia 9 de outubro. Apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder desde 1975, Chapo obteve 70,67% dos votos, consolidando a liderança da Frelimo no país.
Em segundo lugar ficou Venâncio Mondlane, do Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos), com 20,32% dos votos. Mondlane, porém, não reconhece os resultados e argumenta que os dados ainda precisam ser validados e proclamados pelo Conselho Constitucional. A Frelimo também ampliou sua representação no parlamento, de 184 para 195 dos 250 assentos, e conquistou todas as 10 governadorias provinciais.
Além de Mondlane, outros líderes da oposição se manifestaram contra o resultado. Ossufo Momade, presidente da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) e também candidato presidencial, solicitou a anulação da votação. Lutero Simango, do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), também questionou a integridade das eleições, prometendo uma "ação política e jurídica" para restabelecer a "vontade popular".
A oposição planeja uma série de protestos. Mondlane anunciou paralisações para a próxima semana, culminando em uma manifestação nacional marcada para 7 de novembro em Maputo, em resposta à violência que marcou as manifestações anteriores, com relatos de danos a infraestruturas e vítimas.
Fonte:CM Jornal
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