Conselho Anglicano de Moçambique lamenta violência interna e apela por paz e diálogo

Conselho Anglicano de Moçambique lamenta violência interna e apela por paz e diálogo

Não são os colonizadores que matam os moçambicanos, mas nós mesmos", lamenta Conselho Anglicano de Moçambique


*INTEGRITY-MOÇAMBIQUE, 29 de outubro de 2024* – Em um comunicado oficial, o Conselho Anglicano de Moçambique expressou sua preocupação com a recente onda de violência e manifestações populares, destacando o que chamou de "violência entre moçambicanos". Para a entidade, o país está sendo destruído mais por conflitos internos e pela falta de diálogo do que por influências externas.


“É triste ver que, hoje, não são os antigos colonizadores que matam os moçambicanos, mas sim nós mesmos, entre irmãos e compatriotas, motivados por divergências de opinião”, declararam os bispos, destacando o impacto da divisão social e os “efeitos dolorosos” dessa fragmentação.


A violência, intensificada pelo clima pós-eleitoral, tem sido uma fonte de preocupação para o Conselho Anglicano. Os bispos observam que a intolerância entre grupos com diferentes posicionamentos políticos e sociais tem causado sofrimento e incerteza. 


Como resposta, pedem união e paz, enfatizando que as disputas políticas não devem levar ao derramamento de sangue. “A violência gera violência, e o ódio gera ódio”, afirmam, recordando ensinamentos bíblicos que condenam o ciclo de violência.


O Conselho Anglicano também apelou para que líderes políticos, religiosos e a sociedade civil promovam o diálogo e a reconciliação como meios para restabelecer a paz no país. “Os moçambicanos precisam dialogar para se reconciliar”, sublinham, pedindo a colaboração de todos os setores para criar um ambiente de esperança, especialmente para a juventude. 


A instituição enfatiza a importância de garantir a liberdade de expressão e o respeito ao direito de manifestação, incentivando as autoridades a ouvir as preocupações legítimas da população.


Sobre as recentes eleições, que confirmaram a vitória de Daniel Chapo e do partido Frelimo, o comunicado aborda “questões a serem esclarecidas”, reconhecendo o sentimento de insatisfação entre os que apoiam Venâncio Mondlane.


Os bispos pedem que o sistema de justiça e as autoridades eleitorais tratem essas questões com transparência, buscando restaurar a confiança pública.

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O Conselho finalizou o comunicado apelando à paz e à unidade nacional, lembrando que “a justiça engrandece a nação, mas o pecado é uma vergonha para qualquer povo”. Em suas palavras, a construção de um Moçambique mais justo e unido depende de cada cidadão, que deve buscar a paz, mesmo diante dos desafios atuais.

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Fonte:Integrit Magazine 

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