Conflitos Políticos na Guiné-Bissau: Presidente Embaló Critica Coligações e Jornalistas Denunciam Agressões
Em conferência de imprensa em Pretória, na África do Sul, o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, acusou as coligações opositoras de serem "alianças falsas" e criticou suas ações.
Embaló afirmou que as passeatas promovidas pelos grupos opositores "incomodam os moradores nos bairros" e reforçou que ninguém tem o direito de fazê-lo.
Sobre as agressões policiais contra os jornalistas Carabulai Cassamá, da Rádio Capital FM, e Turé da Silva, da Rádio Sol Mansi, o Presidente recomendou que os profissionais apresentem queixas-crime, mas destacou que o caso está sob a responsabilidade do Ministério do Interior.
Os jornalistas foram agredidos enquanto cobriam uma vigília estudantil na Escola Superior de Educação, que resultou na prisão de seis estudantes.
A atuação policial gerou críticas do Sindicato dos Jornalistas, da Ordem dos Jornalistas e da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), que responsabilizou o Presidente pela integridade física dos detidos.
Bubacar Turé, líder da LGDH, afirmou à Voz da América que a organização planeja marchas e denúncias à comunidade internacional, acusando o regime de Embaló de tentar destruir a democracia e cercear liberdades fundamentais.
Por sua vez, Domingos Simões Pereira, líder da coligação PAI-Terra Ranka, anunciou uma manifestação política para 24 de novembro. Ele destacou a insatisfação popular com a falta de funcionamento das instituições, insegurança e pobreza extrema.
Pereira concluiu com uma mensagem desafiadora: "Chegou o momento de colocarmos tudo à disposição do nosso país, nem que seja a última gota de sangue que temos no corpo."
A situação política na Guiné-Bissau permanece tensa, com críticas crescentes ao governo e intensificação das manifestações da oposição.
Fonte: Voa Português
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