Polícia moçambicana atropela manifestantes pacíficos em Maputo, gerando indignação nacional.
Nesta quarta-feira (27.11), a cidade de Maputo foi palco de um episódio chocante envolvendo a polícia moçambicana.
Durante uma manifestação pacífica contra a fraude eleitoral e a má governação, viaturas blindadas da polícia atropelaram, de forma deliberada e a alta velocidade, vários manifestantes na Avenida Eduardo Mondlane.
Uma mulher perdeu a vida no incidente, e as imagens do ato brutal rapidamente viralizaram, gerando revolta em todo o país.
O investigador João Feijó, do Observatório do Meio Rural (OMR), classificou a ação como "assassina" e comparou-a às práticas coloniais de repressão em Mueda.
Para Feijó, o silêncio do Presidente da República e das autoridades superiores pode ser interpretado como conivência.
Ele destacou ainda que a brutalidade policial pode incitar atos de vingança contra os agentes, colocando até mesmo policiais exemplares em risco.
O episódio lança luz sobre a escalada de violência institucional e reforça a necessidade de investigação criminal e responsabilização para proteger a imagem de Moçambique no cenário internacional.
Para muitos, o caso já é matéria para o Tribunal Penal Internacional (TPI).
O silêncio do governo diante da barbárie contradiz discursos recentes do Presidente que exaltam o diálogo e a paz, levantando dúvidas sobre o verdadeiro compromisso do Estado com os direitos humanos e a democracia.
Fonte:DW
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