Ministro Moçambicano em Angola: Interferência ou Ajuda
A recente visita do ministro do Interior de Moçambique, Pascoal Pedro Ronda, a Angola reacendeu questionamentos sobre possíveis acordos entre os dois países no âmbito da segurança pública, especialmente em um momento de contestação eleitoral e tensão política em Moçambique.
O encontro entre Ronda e o presidente angolano, João Lourenço, foi envolto em mistério, gerando suspeitas de que possa ter tratado de temas sensíveis não divulgados à comunidade internacional.
Especialistas, como o jornalista José Gama, sugerem que o timing e a natureza da reunião apontam para um alinhamento estratégico na gestão de manifestações e controle de ordem pública.
A visita também ocorreu logo após as felicitações de João Lourenço a Daniel Chapo, declarado vencedor das eleições moçambicanas de 9 de outubro, mesmo sob fortes impugnações da oposição. Líderes oposicionistas, como Venâncio Mondlane, continuam a contestar os resultados, reivindicando a vitória e denunciando repressões.
Críticos apontam que a proximidade histórica e política entre Angola e a FRELIMO coloca o governo angolano em uma posição delicada, com acusações de envolvimento nas ações repressivas em Moçambique.
A oposição considera que Angola não é um interlocutor imparcial, reforçando o cenário de desconfiança em torno da visita.
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A cooperação entre os países irmãos, que partilham uma longa história de solidariedade, ganha novos contornos em meio às tensões eleitorais e ao debate sobre segurança pública e direitos humanos.
Fonte:DW
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