Vitalo Singano e Venâncio Mondlane investigados por conspiração contra o Estado

A Procuradoria-Geral da República (PGR) de Moçambique anunciou graves acusações contra Vitalo Singano, líder da Revolução Democrática, e Venâncio Mondlane, candidato presidencial.

A PGR revelou que ambos são suspeitos de "conspiração" e "alteração violenta do Estado de direito".

 As investigações, conduzidas pelo Gabinete Central de Combate à Criminalidade Organizada e Transnacional (GCCCOT), indicam um plano para recrutar membros das Forças de Defesa e Segurança e de partidos políticos com o objetivo de realizar ataques a unidades militares e policiais.

Entre as acusações, está a suposta intenção de usar explosivos para desestabilizar a segurança nacional, incluindo um possível ataque à residência oficial do Presidente da República, na Ponta Vermelha. 

O plano coincidiria com a "marcha sobre Maputo", convocada por Mondlane para o dia 7 de novembro.

Três pessoas já foram detidas no âmbito das investigações. Singano encontra-se em prisão preventiva, enquanto os outros dois acusados foram libertados sob medidas condicionais. 

Mondlane, por sua vez, estaria em paradeiro incerto, e a PGR não descarta a possibilidade de novas implicações.

O caso ocorre em meio a um cenário de alta tensão política no país, agravado por protestos violentos contra os resultados das eleições gerais de 9 de outubro. Dados da plataforma Decide indicam que as manifestações já deixaram 25 mortos e 26 feridos.


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Essa investigação pode representar uma nova escalada na crise política e social em Moçambique, com possíveis impactos na estabilidade do país e na segurança nacional.

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Fonte: TV Miramar 

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