Moçambique: Ministro Justifica Restrições na Internet para Evitar Destruição do País
O ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique, Mateus Magala, declarou que as recentes restrições de internet, especialmente em redes sociais, foram uma medida preventiva adotada pelos operadores para impedir o uso da rede na "destruição" do país, em meio às manifestações que seguiram as eleições gerais.
De acordo com Magala, que falou neste domingo (10/11), as medidas foram tomadas em resposta à percepção de risco e à necessidade de proteger as infraestruturas e a segurança dos trabalhadores.
"Quando veem que a internet está a ser utilizada para a destruição do país, os operadores tomam medidas", afirmou o ministro, sublinhando que a decisão visou manter a internet como "um bem coletivo".
O bloqueio, que já dura cerca de duas semanas, restringiu o acesso a redes sociais e ao WhatsApp, canais frequentemente usados para convocar protestos.
A restrição se seguiu ao anúncio da Comissão Nacional de Eleições, que atribuiu a vitória presidencial a Daniel Chapo, da FRELIMO, com 70,67% dos votos, resultado contestado pelo candidato Venâncio Mondlane.
Após manifestações nos dias 21, 24 e 25 de outubro, Mondlane convocou uma nova paralisação de sete dias a partir de 31 de outubro, com protestos intensos na capital, Maputo, no dia 07 de novembro. Os confrontos resultaram em três mortes e mais de 60 feridos, segundo o Hospital Central de Maputo.
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As manifestações têm como objetivo exigir a revisão dos resultados eleitorais, que ainda aguardam validação do Conselho Constitucional.
Fonte: Dw Moçambique
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