Venâncio Mondlane Pede aos Moçambicanos para Usarem Estradas como Parque de Estacionamento

Venâncio Mondlane Pede aos Moçambicanos para Usarem Estradas como Parque de Estacionamento

Venâncio Mondlane Propõe Protesto com Estacionamento nas Estradas de Moçambique

INTEGRITY-MOÇAMBIQUE, 26 de novembro de 2024 – O político Venâncio Mondlane orientou os moçambicanos a estacionarem seus veículos nas estradas, na terça-feira, 27 de novembro, como parte das manifestações contra as alegadas fraudes eleitorais. Ele ainda pediu que os carros estejam decorados com cartazes reivindicativos, enquanto seus proprietários participam de atividades laborais.

Durante uma transmissão ao vivo acompanhada por mais de 144 mil internautas, Mondlane explicou que esta ação marca a terceira fase da quarta etapa de protestos contra as decisões eleitorais pendentes no Conselho Constitucional (CC).

“Os automóveis devem permanecer estacionados por nove horas ao meio da estrada durante três dias consecutivos. Às 15h30, os proprietários devem retornar aos carros para cantar o hino nacional por 15 minutos, seguido do hino da África,” destacou Mondlane. Ele explicou que o hino continental serve para instigar um espírito patriótico e denunciar a exploração das riquezas africanas por líderes políticos.

O político também convocou os desempregados a marcharem pelas ruas com cartazes reivindicativos, enquanto os carros permanecem parados. Ao fim do expediente, Mondlane pediu paciência aos motoristas devido ao possível engarrafamento e sugeriu buzinaços até chegarem às suas residências.

Ele ainda reforçou a continuidade do habitual panelaço noturno, das 21h às 22h, para pressionar o CC a "repor a verdade eleitoral". Mondlane, que se recusou a participar de uma reunião com o presidente Filipe Nyusi e outros candidatos, alegou que suas propostas não foram atendidas, apesar de terem recebido apoio de mais de 40 mil cidadãos via e-mail.

O protesto inusitado reflete a crescente insatisfação popular em relação ao desfecho eleitoral e a atuação dos órgãos responsáveis pelo processo democrático no país.

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Fonte: Integrity magazine 

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